sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Ê vidão!



Ei psiu, não é só porque vc fez meu mundo de pernas para o ar que eu quero que o seu pare.
E muito menos permitirei que bagunces minha estante de livros impecável.
Não, eu não sou culpada pelos ponteiros do seu relógio.
E também não pedi que sua história ficasse cinza, tal qual a cor dos seus olhos.
Desta vez, eu juro, foi tudo presente das fadas!!hehehe...





segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Mudança


Tem horas que cansa essa vida competitiva.
'Eu só quero sossego'...
“Estamos tão acostumados a nos disfarçar para os outros que, no fim, ficamos disfarçados para nós mesmos”.
François de La Rochefoucauld

Despedida...


“Pois então vai... A porta esteve aberta o tempo todo... Sai.O que está esperando? Você sabe voar”.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Mais um post sem fundamento

Um término antigo,Esther com quinze anos:
-Como vc pôde fazer isto?
Se me encontrar, por favor mude de calçada...
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Um término recente, Esther quinze anos depois:
-Como vc pôde fazer isto?
Se me encontrar on line por favou não puxe papo...Melhor, vou deleta-la do MSN...

Consertando as coisas


Querido autor de contos de fadas,

Venho por meio desta (ou é meil desta?), comunicar-lhe que está tudo errado com meu livro da carochinha...

Onde e em que momento, o senhor tirou a verruga do nariz da bruxa e esqueceu de avisar a mim, leitora assídua?
Desta forma, tomei a vilã por uma das mocinhas e dei-lhe o príncipe de mãos beijadas.

Quero também lhe dizer que vc enviou um príncipe sem cavalo, quase um sapo, e eu só percebi que se tratava do 'dito cujo' tarde demais.

E hoje olho a Cuca do lado do Pedrinho e não acho nada engraçado!

De onde o Sr. tirou a ideia de eu queria ser a Emília?

Não, eu escolhi ser a Cinderela! Só pedi pra limpar menos o chão e lavar mais louças...Esse negócio de tapete brilhando, nunca foi das minhas terefas prediletas...

Também sinto lhe informar que minha fada madrinha parece que tirou férias, porquê ela ainda não veio transformar minha abóbora, nem minhas roupas, nem meus sapatos.

Olha, eu já tinha aberto mão do felizes para sempre, e da beleza estonteante do principe encantado, mas o senhor exagerou quando pôs no conto de fadas a Cuca um pouco menos extravagante! O Garibaldo é do sexo masculino!!Então pq cargas d'água na minha história ele está vestindo saias?

Não, senhor!!
Vamos prestar mais atenção, que ainda dá tempo de pegar um pedaço de bolo na festa nupcial!!

Quem me mandou escolher um autor leonino com ascendente em escorpião?

O cara num presta atenção em nada do que eu falo!

Há, a barbie faz parte da infância da nova geração! Estas bonecas sem nada, com ares de patricinha e com cara de botox, num quero mais por aqui não!!



E tenho dito...

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

“A idéia é a rotina do papel
O céu é a rotina do edifício
O início é a rotina do final
A escolha é a rotina do gosto; O espelho é a rotina do oposto;
A rotina do jornal é o fato; A celebridade é a rotina do boato
A rotina da garganta é o rock; A rotina da mão é o toque
O coração é a rotina da batida; A rotina do equilíbrio é a medida
O vento é a rotina do assobio; A rotina da pele é o arrepio
A rotina do perfume é a lembrança; O pé é a rotina da dança
Julieta é a rotina do queixo; A rotina da boca é o desejo
A rotina do caminho é a direção; A rotina do destino é a certeza; Toda rotina tem sua beleza.”

Um 'troço' esquisito chamado saudade...

Existe uma coisa esquisita quando sentimos saudade por tempo prolongado: terminamos por nos acostumarmos com ela...
E de uns tempos para cá eu estava acostumada a sentir saudade... E estava empolgada em escrever e receber mails e mensagens gigantescas.
Acostumada com ela, eu a deixava quieta. E ela retribuía me deixando também em paz...
Porém, é só dar vazão em uma tarde displicente, que tenho certeza: não importa a distancia e o tempo, seremos sempre iguais. Com lugar cativo e prioridade na vida um do outro.
E por quê a viagem mais cansativa do mundo, me fará ter vontade de nunca mais voltar...
Voltarei cheia de planos, desejos e certezas. E eu gosto disso!
Atéh a volta!

“acaba o giz tem tijolo de construção, eu desenho o sol que a chuva apagou”

Por diversas vezes, na minha infância, utilizei tijolo de construção quando o giz acabava...
Era exatamente nesta época que ouvia legião urbana incansavelmente no som 3x1 da mamãe que ficava na sala. E que depois de pouco tempo passou a 'morar' no meu quarto.
Como dizia Renato Russo “um tempo que já foi”.
E, provavelmente, quando eu contar histórias assim ao meu filho ele não vá entender. Porquê é muito distante de sua realidade...
Estas lembranças são sempre tão doces que sonho em poder proporcionar-lhe sabores tão bons ou melhores que estes...
“a gente pegava tijolo de construção mesmo pra ficar desenhando o sol. e essa música é sobre isso, sobre um rio de Janeiro que já foi.”
(Renato Russo explicando, ao final da música, o porquê da letra)

Chuveirada


Enquanto a água cai sobre minha cabeça e a respiração fica difícil de tanta saudade, eu me culpo por não me cuidar direito quando estou sozinha...

Engraçado como o chuveiro se torna um bom conselheiro. Mais do que a cama nos momentos que transcende a hora de dormir; o banho é o melhor momento para reflexão!

É nesta hora que a 'ficha cai', e a cabeça começa à pôr em colapso todas as coisas agradáveis ou não do dia-a-dia.

Entra em questão; trabalho, finanças e principalmente as coisas do coração...

Aumento a pressão da água e reflito sobre suas palavras:

-"Se não sou bom o bastante para cuidar de mim, o que farei com nós? Talvez, seja o maior culpado pela sua distância. E não só a física."

Neste momento as lágrimas se misturam com a água. A dor lancinante da culpa!

Eu me culpo por não deixar as coisas passarem, por 'forçar a barra'...
Me culpo por não ser mais quem era...

Me culpo pelos passos para mais distante, sem querer voltar...

Me culpo por presenciar as coisas caindo e não ter ânimo pra segura-las...

Me culpo...
Bah!!

Melhor terminar o banho, senão me culparei mais ainda pela conta de água!

domingo, 8 de fevereiro de 2009

O pior encontro casual da noite:
Ele chega, senta e começa a crônica de si mesmo: ‘Acordo às sete da manhã e a primeira coisa que faço é tomar o meu bom chuveiro’. Como são desprezíveis as pessoas que falam no ‘bom chuveiro!’
E segue o ser, sem perceber a angústia dos que estão à volta: ‘Depois peço os jornais, sento à mesa e tomo meu café reforçado’. Ah, pena de morte, para as pessoas que tomam ‘café reforçado'!
Que saco!
TPM das 'brabas'!!
Acho que 'a pessoa' escolhe viajar nestes dias...Estou começando a achar que não é mera coincidência!
Maiakovski:

"Amar não é aceitar tudo. Aliás: onde tudo é aceito, desconfio que haja falta de amor."
“Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida."

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Saudade...

Saudade é um 'troço' mesmo muito chato!
Uma quinzena desta presente no meu dia-a-dia, vai fazer muito mal...
Saudade de ser 'aperreada' nas horas improprias, saudade de acordar com beijinhos, telefonemas...
Saudade, saudade...
Esta palavra vai ficar ecoando, atéh a certeza do retorno.
Casais em harmonia, não deveriam ser separados por mais de um dia, nunquinha!
Vou dormir, quem sabe estes dias passem mais rápido....

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009


"Venha quando quiser, ligue, chame, escreva - tem espaço na casa e no coração, só não se perca de mim"



"Tenho dias lindos, mesmo quietinhos"
"Continuo a pensar que quando tudo parece sem saída, sempre se pode cantar. Por essa razão escrevo."


"Tenho uma vontade besta de voltar, às vezes. Mas é uma vontade semelhante à de não ter crescido"

Não, você não sabe, você não sabe como tentei me interessar pelo desinteressantíssimo...

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

.. Mas só muito mais tarde, como um estranho flash-back premonitório, no meio duma noite de possessões incompreensíveis, procurando sem achar uma peça de Charlie Parker pela casa repleta de feitiços ineficientes, recomporia passo a passo aquela véspera de São João em que tinha sido permitido tê-lo inteiramente entre um blues amargo e um poema de vanguarda. Ou um doce blues iluminado e um soneto antigo. De qualquer forma, poderia tê-lo amado muito. E amar muito, quando é permitido, deveria modificar uma vida – reconheceu, compenetrado. Como uma ideologia, como uma geografia: palmilhar cada vez mais fundo todos os milímetros de outro corpo, e no território conquistado hastear uma bandeira. Como quando, olhando para baixo, a deusa se compadece e verte uma fugidia gota do néctar de sua ânfora sobre nossas cabeças. Mesmo que depois venha o tempo do sal, não do mel. ...

Caio Fernando Abreu
"Cada um é segredo da vida do outro...Daí que todo encontro é uma denuncia anônima."