Drausio viu os vídeos, leu as mensagens, admirou as fotos; e mais uma vez a dor lancinante de presenciar de longe, mais precisamente da plateia, no local onde o valor do ingresso é mais barato, a felicidade de pessoas que perdeu completamente o contato.
E por mais que tudo o que almeje na vida seja tê-los próximos, agora era tarde demais para tentar voltar.
O barco ao qual entregou seu destino, já atravessou mais da metade do percurso.
E desde o início ele sabia que sua vida era medíocre demais para tentar ser feliz!
Ele continuaria praticando o que tinha feito o tempo inteiro; seria covarde até o final, porquê não sabia ser de outra forma, ou talvez,porquê a máscara já ficou tempo demais e quando ele se olhava no espelho, já não conseguia distinguir o que era disfarce e o que era face...O que era verdade e o que era mentira.
Infelizmente, o normal seria continuar destilando toda forma de enganar os outros e a si...Assim continuaria sendo fácil viver; e quando ouvia falar em facilidade, ele não procurava, de forma nenhuma outro caminho...
Era uma atitude infeliz, mas muito mais segura...
Porém era óbvio, que cada vez que a lança forte da dor penetrava no seu coração, ele se debatia e jurava amor eterno às águas fáceis do rio obscuro que o levava para longe dos seus sonhos...
Jurava e se desculpava com o mar.
Distanciava-se e prometia retorno ao mar...
Mas, ambos sabiam que era uma infâmia.
E o mar era iluminado pelo sol, e tinha a beleza da lua, e a presença da chuva...
Doía quando enxergava Drausio ao longe, doía, mas era pouco e passava rápido...
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