Quando acontecem coisas muito boas comigo, daquelas que parece mágica de tão perfeitas, eu guardo num cantinho da memória bem escondido.
Mesmo com um sorriso nos lábios prefiro não comentar e nem lembrar dos detalhes. Como uma forma de guardar. Como se eu quisesse evitar o desgaste da sensação.
Assim guardadinho, o momento, fico sorvendo detalhes pequenos durante o tempo seguinte. Como se durante os próximos meses, estas pequenas lembranças fossem, e são, suficientes pra envolver minha vida de um sabor que só 'os ricos e medicados' (créditos: Tati Bernardi) podem sentir.
Já com as dificuldades faço diferente, falo, remexo, trago à tona. Como uma forma de encontrar uma saída.
Sou capaz até de dividir com o pessoal da fila na padaria (exagero!rs).
Engulo a vergonha que só os dissabores nos dão (pelo menos pra mim) e saio dividindo angústias. Dizem que ajuda, e ajuda mesmo! Consigo até ver de forma mais clara. Quem está fora não vê melhor? Sendo assim não dispenso o usufruto da situação.
Neste dezembro estranho, estou num paradoxo de sensações. Minha alma se divide entre agradecer as sensações divinas (presente dos céus) e chafurdar na dor pelos acontecimentos da 'Torre'.
É como se eu estivesse afogada, em um mar de angústia e maus presságios, e em segundos uma mão emergisse meu nariz pra respirar.
Já diziam os velhos sábios das mesas de Poker: sorte no jogo azar no amor, ou seria o contrário?
Mas, se for pra escolher que seja assim: Só um mesinho basta!
Nenhum comentário:
Postar um comentário