Não é crime tentar aos trancos e barrancos ser feliz. É crime passar por cima dos outros.
Não é crime tentar esquecer o passado. Crime é mentir sobre ele (Tenho deixado o meu tão longe, que às vezes lembro que tenho uma certa responsabilidade com o que um dia foi).
Não é crime perdoar, perdoar, perdoar. Crime é quando esquecemos nossos valores.
Não é crime acreditar fidedignamente nas pessoas. Crime é esquecer quem somos em função de.
Não é crime ter o coração partido, dilacerado. Crime é se fechar numa redoma.
Não é crime se perdoar também. Se desculpar pelos erros.
Não é crime nada do que se faça pra ser feliz, desde que não prejudique os outros.
Não tenho vergonha das escolhas. Das decisões. Tenho vergonha das negligências, das faltas.
Dos excessos: jamais!
Estou aqui e ponto. Foram elas (as escolhas) que me trouxeram aqui. encontro-me nesta poltrona pseudo-segura onde observo ora de longe, ora de perto as vidas que afetei.
Claro que vez em quando rola um 'e se'. Uma vontade de voltar. Um querer não vir, não ir ( verbo conjugado em todos os tempos possíveis e imagináveis).
Poderia ter ficado parada esperando as coisas acontecerem, mas eu fui atrás. Eu corri, eu gritei, eu cansei. Só Deus sabe quantos arranhões eu levo na alma. Só Ele, porquê os escondo tão bem guardados no mais profundo da alma, que eu mesma nem sei se consigo contar. Só sei que estão lá, muitos deles com aqueles esparadrapos enormes fazendo um 'xis' em cima da ferida que não sangra mais, mas derrama muito exsudato.
E tem neguinho que quer me rotular pela minha fisionomia sentada em uma cadeira de rodinhas confortável. Saibam que menos do que eu sou é esta Paula que vos fala e vos trata nas manhãs de segunda-feira.
Sou muito mais a Paula deitada na rede, escondida com medo da infelicidade me encontrar novamente. Não que eu esteja extremamente feliz, apenas, considero confortável, bem mais que a cadeira que sento todos os dias.
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