sexta-feira, 27 de abril de 2012

Pra tudo nesta vida há cura

Angelita estava em um daqueles momentos especiais em que tudo se resolve como passe de mágica. De uma forma leve. Sem que se espere nada. Enquanto era beijada na bochecha ininterruptas vezes começou a tocar na rádio uma música até então dolorosa.
Ela se contraiu toda na cama enquanto o cantor internacional repetia inúmeras vezes o refrão.
Angel lembrava que aquela música havia sido lançada há cinco anos, na época do final de um relacionamento cheio de dor e mágoa. E que na época, o então namorado, cantava pra nova namorada, enquanto saía de casa.
Ali deitada seus músculos rangindo nos ossos, a pessoa que estava com ela, começou a cantar o bendito refrão da forma mais engraçada possível, fazendo de propósito uma voz desafinada, mesmo sem saber da aversão de Angelita por ela.
Não tinha como não rir. A música fala da beleza de uma mulher no metrô (coisa assim) e ele a cantava e continuava a dar pequenas 'bitocas' em Angelita.
Foi uma salvação e uma rendição. Tudo junto. Porquê no meio daquela fala desafinada e daquelas gargalhadas, alguém estava realmente, anos depois, rindo com o coração.
Pra tudo há uma cura! Basta esperar o momento certo.

Um comentário:

Anônimo disse...

As vezes eu acho que sao paginas viradas, aguas passadas.. mas nao se lê pagina sviradas e aguas passadas nao movem moinhos.

Eu me pergunto, se você esta tao livre assim, porque faz tanta alusao ao seu passado?

So uma duvidazinha basica :^)