Na manhã do domingo, dia dos pais, um pai solitário acorda...
Imagina onde pode estar seu filho, pensa no tempo em que não se vêem...Mais que isto, conta os dias em que não sabe do filho: onde está, onde mora, como acordou, quais seus gostos musicais...
O remorso dói fundo...E dói mais ainda constatar que é o principal culpado da distância...
Olha ininterruptamente sua caixa de mensagens, em vão...Nada para comprovar que aquele deveria ser um dia de comemorações...
Ninguém recorda ou sabe que ele tem um filho!
Recebe sim uma ligação, mas não a esperada...são colegas de trabalho...
Sai com eles para esquecer...
e sem que tenha que fazer muito esforço: consegue...
E o dia acaba e ele não comemora o seu dia, o dia dos pais!
#######################################
Em outro lugar da cidade um jovem acorda...
O presente para seu pai está bem guardado em baixo de sua cama!Escolheu algo que combina com o jeito dele...Pensou em cada detalhe, para agradecer a existência de seu melhor amigo.
Pega o carro e o dia corre agradável, cheio de recordações junto com seu herói, o cara que o criou...Lembraram juntos o primeiro tombo, a primeira vez que tiveram uma conversa de 'homem-para-homem', e junto com sua mãe riram e se divertiram com acontecimentos marcantes da vida dos três...
O jovem volta para casa agradecido por cada valor e virtude procedentes do pai!
E dormiu tranquilo, sem lembrar sequer, que a vida o pregara uma peça: não fazendo com que seu melhor amigo, fosse na verdade seu genitor...
Mas, leva sempre uma frase no coração: os laços biológicos não se sobressaem diante dos laços afetivos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário