quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Rotina de um plantão SN

Vou contar pra vocês um pouquinho da minha rotina quando em um plantão noturno.
 Este foi 24/25 de novembro de 2010.

Recebo o plantão exatas 19:00 da minha amiga Edmara, no momento deste uma reportagem sobre a saúde no nosso município faz correr pra 'meu' repouso o médico, ela e eu.

Às 19:15 as pessoas que estão esperando atendimento começam a reclamar e eu tento buscar no fundo da memória, quando que (com plano de saúde) eu fui atendida quinze minutos após chegar ao hospital. 'Escavo' e certifico-me: NUNCA!!! Mas, dou um sorriso tranquilizador e penso que o ser humano é assim mesmo.
Quando meu colega atende todo mundo (dezenove pessoas no total), me fala que apenas uma era realmente preocupante, as outras pessoas: pedidos de exames, receita controlada, mostrar exames, etc...

Às 24:00 chega um homem grande, tatuagem idem no braço esquerdo e um diagnóstico: colecistite. Preencho a papelada burocrática e faço questão de puncionar o acesso venoso (pra não perder a prática, comento com minha técnica);

Às 01:30 batidas fortes na minha porta e no repouso médico, que fica 'colado' ao meu, me fazem dar um salto da cama.
Saímos no mesmo instante e ambos já nos rendemos aos pijamas hospitalares, daqueles que engordam pessoas magras e fazem triplicar a gordura das gordas, mas de confortabilidade indescritível! Estamos, os três: médico, enfermeira e auxiliar simplesmente horríveis!!!
De longe ouvimos:
-'Eu era um bêbado, com o estômago furado...'
Inevitável não soltar uma gargalhada!

Eu abordo primeiro:
-Qual o motivo da consultar Sr.?
-É que minha veias estão todas grudadas no pescoço!

Depois disso todos os outros atendimentos foram cafés pequenos!
Ao final uma uníssona conclusão:  'A gente sofre, mas se diverte.'

terça-feira, 23 de novembro de 2010

De tanto ver triunfar as nulidades...

Hoje tivemos (meus colegas e eu) um impasse no trabalho. Explico:
Uma colega se mostrava indignada com a prisão de uma amiga (dela) com o marido e mais dez pessoas. O motivo? Crime na internet: eles roubavam senhas e faziam transferências ilegais pra suas próprias contas.
Das quatro pessoas na sala, apenas eu, era a favor da prisão.
Tentava explicar, em vão, que o crime não compensa, que não eram os policiais os vilões da história, que isso, que aquilo....
Acreditem, mas só deram o braço a torcer quando falei de índole, caráter, valores. Eles, obrigatoriamente tiveram que ceder. Quem vai admitir que não tem caráter? Nem um louco o faria!
A minha indignação diante da polêmica era tanta que me revoltei quando um deles defendeu roubos à bancos, à instituições do governo, etc. Nesta hora tive que apelar falando nos pais de famílias que lá trabalham, que o dinheiro do governo É NOSSO, etc, etc...

Gente, eu realmente fiquei decepcionada! Ao ponto de horas depois as pessoas presentes no diálogo virem se desculpar.
Sinceramente, eis a resposta para quando os cidadãos se decepcionam com a violência:
Até que ponto, nós, ditos cidadãos, somos coniventes com crimes só pelo fato de ser 'alguém conhecido', 'ser contra os ricos', 'ser contra o governo'?
Eu peço SOCORRO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto".
Rui Barbosa


sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Ingrid Betancourt


Não há silêncio que não termine

Magnifico!

Não existe outro adjetivo para falar do livro e da pessoa desta mulher!
Me senti envergonhada pelas vezes que fui chamada de 'mulher forte'. Minha referência hoje em dia de fortaleza é esta mulher.
O livro é tão bacana, que simplesmente eu viajava para Amazônia e vivia, durante a leitura, num acampamento das FARC (toc-toc). Me emocionei, e sofri com ela as dores e os horrores impostos por este grupo. Fiquei feliz com a sua libertação, com a fulga do Pinchal...
Bom, melhor vcs irem verificar com os próprios olhos!
Recomendo demasssss!!!!