segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Se voltasse o tempo...

Os músculos do rosto de Esther se contraem...
Mesmo ela tentando parecer normal!
E se olharem bem próximo do seu pescoço, perceberão claramente que a jugular pulsa forte, daquele jeito ofegante que só após o medo, uma atividade física ou o amor isto acontece.
Não precisamos fazer muito esforço para perceber que o terceiro caso se enquadra na situação supra citada!
A porta abriu, e ela encarou o rosto que é precursor de todas suas maiores ações e reações nos últimos tempos!
Olho no olho!
Paixão!
Saudade!
Vontade de cheirar...E ficar bem próximo!
Mas, o momento pedia compostura!
Os dois sorriam como dois pobres bobos apaixonados...
E ela repetia mentalmente o mantra:
" Quando um homem se apaixona de verdade por uma mulher, entra em contato com sua própria alma..."
Cheiro, carinho, elogio sincero, rápido e constrangido...
Fecha a porta.
O dia volta ao curso normal.
E Esther deseja veementemente que o tempo voltasse, que aquela sala de número treze não existisse, que ele não se aproximasse, que não olhasse no seu olho e dissesse com toda letra e convicção que seria seu marido!
Há, se o tempo voltasse...

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