quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Sou uma balzaca


É, cheguei aos trinta... Com corpinho de dezoito e cabeça de sessenta, diga-se de passagem!
E se a estimativa de vida do brasileiro aumentou; pelas minhas contas, devo ter chegado ao meu 1/3 de vida... Ainda tem chão pela frente!
E se eu for para o lado das expectativas que esta idade almeja: digo que já tenho um filho, já plantei minha árvore (bananeira serve?) e devo estar no prefácio do meu livro de mil páginas. (encontro vocês na noite de autógrafos...).
Agora, se eu partir para o lado das lembranças vou ter que fazer uma expedição na minha memória e chegar até o ponto em ganhei meu tamanquinho ‘água viva’ do vovô Zeca, e dizer que neste ponto eu comecei a virar gente, porque foi assim que me tornei importante! De tamanco água viva eu me lembro de passear no corcel II, amarelo ovo (LINDO!) de meu pai... Passear não é bem a palavra, talvez, adentrar, invadir o carro, encher o saco até dar uma dor, sempre que ouvia o barulhinho da chave tilintando no corredor da casa da Estrela, onde morávamos, seria mais adequado.
E depois eu poderia também fazer uma ressalva no disquinho do patinho feio que ganhei (sabe-se lá de quem...) e que foi o precursor da maior dor que já senti, quando ele partiu pra bem longe... É desde criança já tinha um ‘quê’ de melancolia na pele!
Mas, daí aprendi a sorrir, sorrir não; aprendi a ter a risada mais escandalosa da vida, e desfrutar dela sempre que possível!
Outro dia relevante, foi um domingo ensolarado que meu pai acordou com o pé direito e me presenteou com a tão sonhada bicicleta rosa, de cestinha, da caloi; e ainda por cima me deixou fazer compras no mercantil do Anto. Tavares, mesmo que a maioria das compras tenha caído ao longo do caminho...
Mas, neste percurso, nem tudo são flores... Minha mãe já me fez virar homem aranha, me fazendo escalar a parede pelas orelhas só porquê apaguei a vela 365 vezes em um dos muitos dias que faltou energia em Ipu ( e até hoje, meus irmãos comentam isto!), e eu prometo ter mais paciência com o Gustavo, digamos que para criar-lhe orelhas ‘de abano’ pelo resto da vida, esperaria ele apagar 366 vezes! Mas, esqueci deste fato no momento em que vi seus olhos brilhando de felicidade quando lhe contei que ia dar-lhe um netinho!
E se eu fosse contar para vocês todos os caminhos que me tornaram a Paula Aragão que sou hoje, as paredes deste salão ficariam escritas de uma grande história; não uma historia de contos de fadas, como sonhei, nem tampouco uma história de terror... Mas, sim uma verdadeira história de amor, luta e fé na vida, no próximo e em Deus! Uma história com príncipe encantado que vira sapo, e faz chorar e depois faz rir; uma história de grandes lições, uma história com uma típica família de longos caminhos curtos, uma historia de amor, amizade, lealdade, traição e angústia... Que tiraria alguns de vocês do sofá e os levaria ao cinema!
E se eu fosse finalizar esta questão, seria com um trecho bíblico que fala: “o que olhos não viram e nem ouvidos ouviram, é o que Deus tem reservado para aqueles que amam ao Senhor!”.
E se você está aqui com certeza é por que tem uma participação muito especial neste Filme!Por favor, limpem as lágrimas e vamos dançar ao som da letra perfeita da ‘dança do quadrado’!
Paula Giovanni Mororó Aragão

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