quarta-feira, 24 de junho de 2009

Meu querido, meu velho, meu amigo...

Aos setenta anos é ele que lê/ assiste á todos os jornais, livros políticos e revistas semanais. Em decorrência disto é quem melhor proporciona uma tarde de conversa interessante com toda faixa etária; e não à toa que a maioria dos meus amigos o tenha eleito também seu pai!
Este é meu velho!
Depois que retornei à Ipu, tenho fresquinho toda semana o exemplar de Veja na minha casa: " Vc precisa se atualizar, princesa..."
E todos os domingos faz questão de dirigir vinte minutos para nos proporcionar um almoço recheado de histórias engraçadas...
Esta semana, depois de vários exames por um aumento súbito de pressão, assistimos o jogo da seleção juntos...e foi a primeira vez em trinta anos que vi meu pai chorar...
E escutá-lo repetir o tempo inteiro que não 'era frouxo, mas que não aguentava mais perder os amigos de infância', foi que me cortou o coração!
Mas vesti minha máscara de durona e escutei-o várias vezes reclamar de um tal de Pato; indignou-se, aliviou-se com o penalti que deu a vitória apertada ao Brasil, enquanto eu, secretamente, torcia para os egípcios.
Ao final do dia, ao fechar a porta depois de acompanhá-lo, segurei a veja apertando contra o peito e foi impossível não pensar na morte e nos pequenos detalhes que fazem toda uma vida.

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