terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Paradoxo

Quando acontecem coisas muito boas comigo, daquelas que parece mágica de tão perfeitas, eu guardo num cantinho da memória bem escondido.
Mesmo com um sorriso nos lábios prefiro não comentar e nem lembrar dos detalhes. Como uma forma de guardar. Como se eu quisesse evitar o desgaste da sensação.
Assim guardadinho, o momento, fico sorvendo detalhes pequenos durante o tempo seguinte. Como se durante os próximos meses, estas pequenas lembranças fossem, e são, suficientes pra envolver minha vida de um sabor que só 'os ricos e medicados' (créditos: Tati Bernardi) podem sentir.



Já com as dificuldades faço diferente, falo, remexo, trago à tona. Como uma forma de encontrar uma saída.
Sou capaz até de dividir com o pessoal da fila na padaria (exagero!rs).
Engulo a vergonha que só os dissabores nos dão (pelo menos pra mim) e saio dividindo angústias. Dizem que ajuda, e ajuda mesmo! Consigo até ver de forma mais clara. Quem está fora não vê melhor? Sendo assim não dispenso o usufruto da situação. 


 Neste dezembro estranho, estou num paradoxo de sensações. Minha alma se divide entre agradecer as sensações divinas (presente dos céus) e chafurdar na dor pelos acontecimentos da 'Torre'.
É como se eu estivesse afogada, em um mar de angústia e maus presságios, e em segundos uma mão emergisse meu nariz pra respirar.


Já diziam os velhos sábios das mesas de Poker: sorte no jogo azar no amor, ou seria o contrário?
Mas, se for pra escolher que seja assim: Só um mesinho basta!

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