terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Então é Natal...

Há o Natal... Sempre adorei o Natal, mas como falei no outro post, este ano ficarei trabalhando. Fiz questão de estar 'sozinha', por mais que esteja rodeada de pessoas que eu amo: meus colegas de trabalho.

 No passado meu natal sempre foi mágico! Minha mãe vestia sempre um vestido novo, de princesa, em mim. Ia uma mulher fazer meu cabelo e o dela (que me fazia sentir a menina mais linda do mundo, pelo menos era o que meu pai dizia.rs) e a partir das 20:00 chegavam os parentes e aderentes!
Uma maravilha!
Natal de fartura o da minha infância! O pisca-pisca de luzes enormes ficava em uma roseira no jardim. Na sala ficava a árvore com as bolinhas traiçoeiras, daquelas de vidro, bem diferente do que se tem hoje em dia, um perigo pra criançada, chegar perto dela equivalia a um grito desesperado de um adulto (pq adulto pensa que toda criança é  retardada?Será que eles pensavam que iriamos abraçar a árvore, ou jogar as lâmpadas nos convidados? dããã...). A mesa era um negócio do outro mundo, minha mãe fazia questão de fazer tudo em casa, e confesso que até hoje não vi um sabor tão especial quanto o da comida dela na época do Natal. Do meu lado, eu tentava ao máximo ficar acordada até a missa do Galo, em vão, nunca matei minha curiosidade de saber se tinha um galo apresentando-a. Meus irmãos contavam histórias mirabolantes no dia seguinte e por mais que eu desconfiasse que eles mentiam, só poderia tentar confirmar no ano seguinte. 
Foram mais ou menos uns doze anos de felicidade, até meu avô paterno falecer e começarem as discussões sobre herança (uma lástima quando envolve muito dinheiro) e o Natal que era na minha casa, passou a ser na casa de algum tio ou primo, com menos da metade das pessoas do passado.
Depois todo mundo foi crescendo e o Natal passou a ser na casa de namorados, namoradas(dos meus irmãos), amigos...Teve natal que eu passei em oito casas diferentes. 

Talvez nunca mais tenha aquela sensação da infância, de felicidade suprema. Pra falar a verdade me embrulha o estômago ouvir a Simone cantando: 'então é natal e o que vc fez?'...

Com os dissabores, muita gente, como minha mãe, ficou desgostosa do Natal, e eu passei a sessão nostalgica mais traumatizante da minha existência (pelo segundo ano consecutivo, pelo menos). Até a árvore de Natal que ano passado enfeitou minha casa em Ipu, este ano dei de presente à minha manicure. 

4 comentários:

Ronaldo disse...

Paulinha, Sabe por que se fica tão nostálgico assim ? Por que os "antigos" eram mais alegres, se brincava mais, se estava na companhia de muita gente boa, de gente que se conhecia há muitos anos... Nada de melancolia (estou quase agora heim), a vida muda, nada é eterno, o lugar que se vive muda, algumas pessoas que se ama vivem longe (ou a gente mesmo vai para longe)... mudanças, transformações são normais e vão acontecer sempre. De uns anos para cá ando meio desapegado de certas coisas, de coisas que, quando lembrava, ficava meio entrestecido e com muita saudade(tipo os anos aí no Ipu ou na casa da "Mãezinha") .Gosto sempre de pensar que o melhor da minha vida ainda está por vir (pelo menos a gente pensa né?). Mas nessa época de final de ano dá um aperto grande .... Bola pra frente ! Xêro, Ronaldo

Paula disse...

Espero...Saudade muita da época de ouro da nossa infância!!!
Bjo.

Kamyla disse...

Paula, tu me mata de rir com a história do galo,kkkkkkk... mas, falando sério, me identifiquei bastante com seu texto. Muito lindo.
Enquanto crianças tudo é tão mágico... e, com os anos e alguns acontecimentos, vai se desgastando...
Mas não deixe o Natal perder o brilho... não desista dele!!!!
Bjo gde.

Paula disse...

Myla, é só nostalgia, nada de tristeza!
Bjo, amiga por vir sempre aqui!!!